A vez do rosé: veja por que esse tipo de vinho é o mais pedido da estação

07.11.2019 | 13h34 - Atualizada em: 09.11.2019 | 14h29
Itapema FM
Por Itapema FM
A vez do rosé: veja por que esse tipo de vinho é o mais pedido da estação

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Confraria do vinho

Com sabores delicados e alegres esta versão da bebida é versátil e elegante

Bem longe da polarização entre os amantes do tinto ou do branco, cresce entre os apreciadores de vinho de todo o mundo a paixão por uma versão até pouco tempo menos prestigiada da bebida: o rosé. Com tons de rosado que variam do salmão pálido à vibrante cor pêssego, esta opção é extremamente versátil e acompanha desde pratos mais calóricos até antepastos e saladas.

Há alguns anos, degustar uma taça da charmosa bebida rosada era um desafio para quem prezava pela qualidade. Isso porque a coloração tão específica deste vinho era obtida por meio de processos rudimentares que não visavam o cuidado com a correta estruturação dos sabores. A mistura de brancos e tintos, conhecido como método de corte e atualmente proibido na Europa, era a forma mais comum de obter o rosé, conforme explica Regina Sabbi Essenburg, sommelier pela Associazione Italiana Sommelier (AIS). 

— Os vinhos rosés são muito delicados, sensuais, alegres, sem ou com pouquíssima presença de taninos. Além disso, são extremamente versáteis na gastronomia. O padrão dos vinhos rosés deu um salto de qualidade nos últimos anos, pela forma de elaboração com muito critério e tecnologia, a partir de uvas tintas — conta.

Neste caso, as uvas são prensadas seguindo o mesmo processo realizado para a produção do vinho branco. Nesta delicada etapa, a casca tinta solta um pouco da coloração que irá tonalizar a bebida. 

— Os rosés são elaborados a partir de uvas tintas selecionadas, com leve maceração das cascas até atingir a coloração desejada. Na sequência, as cascas são retiradas do mosto, seguindo o processo dos vinhos brancos e resultando num conjunto de aromas frescos e frutados, com destacada acidez — explica Essenburg. 

A vez do vinho rosé: veja por que esse tipo de vinho é o mais pedido da estaçãoLa crema/Divulgação

A produção dos rosés

Para entender a diferenciação entre cada tipo de rosé, é importante prestar atenção às uvas utilizadas durante o processo de elaboração, bem como a forma de amadurecimento da bebida. Vinhos que tenham permanecido em barricas de madeira, por exemplo, tendem a ter sabor mais presente e estruturado do que os demais, mais leves e refrescantes. Independentemente da situação, a realidade é que o rosé é capaz de acompanhar qualquer ocasião acrescentando elegância e sabor característicos.

Assim como na produção dos tintos e brancos, a escolha das uvas nos rosés varia de acordo com as características que se busca para aquele vinho. Sendo assim, diferentes castas de uvas proporcionarão sabores, aromas, cores e texturas distintas. As tintas sãos as mais comumente utilizadas no método de maceração curta, o mais usual para este tipo de produção, pois proporciona refinamento ao vinho. As variedades Malbec, Merlot, Pinot Noir, Cabernet Sauvignon e Syrah são as mais facilmente encontradas.

Ao adquirir um vinho rosé é importante ter em mente a experiência que se busca com a bebida. Se a ideia é jogar conversa fora com os amigos em um dia quente, por exemplo, é preciso buscar por versões mais frutadas e leves. Já para os dias em que a temperatura está um pouco mais baixa e a intenção é acompanhar um jantar, o ideal é voltar a atenção para um vinho mais estruturado, com sabores mais presentes e que permaneçam mais tempo na boca.

— O sabor, mais delicado ou acentuado, resulta da seleção de uvas utilizadas. Quando feitos da uva Pinot Noir, por exemplo, são extremamente delicados; da uva Syrah, mais intensos. Mas as variedades utilizadas são muitas, de acordo com as regiões produtoras —  revela Regina. 

Além disso, os tons do vinho rosé variam de acordo com as uvas utilizadas e o processo de fermentação. 

— Os vinhos do Velho Mundo tendem a ter uma tonalidade mais clara, que remete a pêssego e à casca de cebola. São muito delicados, leves, convidativos a muitos goles. Os do Novo Mundo – América do Sul, Austrália, Nova Zelândia – geralmente apresentam coloração mais intensa, mas são igualmente atraentes e saborosos — complementa.

A produção dos rosés Para entender a diferenciação entre cada tipo de rosé, é importante prestar atenção às uvas utilizadas durante o processo de elaboração, bem como a forma de amadurecimento da bebida. Vinhos que tenham permanecido em barricas de madeira, por exemplo, tendem a ter sabor mais presente e estruturado do que os demais, mais leves e refrescantes. Independentemente da situação, a realidade é que o rosé é capaz de acompanhar qualquer ocasião acrescentando elegância e sabor característicos. AssimSusanne Nilsson/Flickr

A temperatura ideal de um bom vinho rosé

Consumir um vinho é uma experiência que vai além de abrir a garrafa e servir a taça. É um momento de prazer e relaxamento em que o degustador se encontra com a história da bebida em um passeio sensorial pelas origens da uva utilizada na produção, pelo armazenamento da bebida e pelas técnicas utilizadas para a preparação. Para isso, uma série de orientações são seguidas ao saborear, entre elas a temperatura ideal para servir.

Os tintos, com raras exceções, são degustados em temperatura entre 14°C e 18°C. Os brancos, por sua vez, requerem refrigeração antes de chegarem à taça, sendo servidos idealmente em torno de 6°C e 14°C. Neste caso os rosés novamente ficam no meio do caminho, devendo ser consumidos entre 10°C e 12°C. Nesta temperatura, o frescor e sabor da fruta ganham vivacidade e se destacam no paladar, revelando as características mais marcantes destes vinhos.

Rosés são a harmonização perfeita

Uma das principais vantagens dos vinhos rosados está na versatilidade. Além de combinarem perfeitamente com todas as estações do ano, eles também casam bem com um cardápio rico em sabores. Com características de suavidade e a sutileza dos brancos ou com a adstringência elegantes dos taninos moderados presentes nos tintos, o rosé reúne o melhor de dois mundos. No entanto, como a tendência é de que os rosados possuam aspectos mais delicados a orientação é harmonizar com um cardápio de menos peso. 

— É ótimo com pratos de leve estrutura, frutos do mar como camarão e crustáceos. O rosé é espetacular como aperitivo ou com frutas, pois é muito versátil com pratos de aves e pastas em geral — orienta a sommelier.

 

Confraria do Vinho Itapema harmoniza bons vinhos e pratos da alta gastronomia

A Confraria do Vinho, evento da Itapema FM, traz encontros que combinam vinhos de qualidade, alta gastronomia, boa música, arte contemporânea e networking em Florianópolis. 

O evento harmoniza pratos da alta gastronomia com vinhos e espumantes de diferentes partes do mundo e é o momento ideal para aproveitar uma noite descontraída na Alameda Casa Rosa, um dos espaços mais conceituados da Capital. Os ingressos já estão à venda pelo site Blueticket.
 

O quê: Confraria do Vinho Itapema 2019

Datas:

5ª edição – 07/11

6ª edição – 12/12

Horário: 20h.

Onde: Alameda Casa Rosa (Rodovia Admar Gonzaga, 3401 - Itacorubi, Florianópolis)

Ingressos: R$160. Podem ser adquiridos no site Blueticket ou nos pontos de venda (Siqlo Beiramar Shopping, Bellacatarina, Decanter, O Padeiro de Sevilha, Geração Hyundai, Escritolândia SC 401 e Jazzinn).

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