Emmy 2019: Julia Roberts, "The Big Bang Theory" e outros esnobados da premiação

Por GaúchaZH

Não é nenhuma surpresa ver Game of Thrones, que lançou sua última temporada neste ano, ser o campeão de indicações ao Emmy 2019. No entanto, a ausência de algumas produções deixaram os espectadores impressionados pela ousadia da Academia de Artes & Ciências Televisivas em lista que foi anunciada nesta terça-feira (16). 

Um dos nomes mais citados nas redes sociais foi o de Júlia Roberts, pelo seriado Homecoming, uma das grandes apostas da Amazon Prime Video. Além disso, os usuários ficaram decepcionados com o esquecimento de The Big Bang Theory, que teve sua última temporada apresentada neste ano, dando adeus a Sheldon e companhia.

Os vencedores do Emmy serão conhecidos no dia 22 de setembro.

Os maiores esnobados do Emmy

Julia Roberts e Homecoming

Eternizada por Uma Linda Mulher, Julia Roberts é daqueles nomes que não passam batidos em premiações. Quando ela é estrela da principal aposta de uma plataforma de streaming (no caso, a Amazon Prime Video), é quase impossível de esquecê-la. Além disso, jornais do mundo todo publicaram críticas positivas para a produção, que mostra uma terapeuta focada em cuidar de veteranos de guerra em estresse pós-traumático. Sem indicações, Homecoming morreu na praia.

Horas depois do anúncio do Emmy, a atriz foi ao Instagram "brincar" com o esquecimento. "Bom, eu tenho bons acompanhantes, pelo menos", escreveu, debochando a publicação do USA Today.

The Big Bang Theory

Destaque do Emmy entre 2011 e 2014, no auge de Sheldon e sua trupe, The Big Bang Theory encerrou sua trajetória neste ano. Em maio, o episódio final das 12 temporadas existentes foi visto por mais de 23 milhões de pessoas nos EUA. Mesmo assim, o grupo foi esquecido em todas as categorias de comédia, até mesmo as de atuação. Jim Parsons, o protagonista, por exemplo, já foi lembrado em seis edições da premiação, vencendo quatro vezes. 

Jim Carrey em Kidding

Mesmo caso de Julia Roberts. Com números consideráveis de audiência nos EUA, o seriado mostra Carrey vivendo um apresentador de um programa de TV infantil que lida com a morte de um de seus filhos, procurando não transparecer a perda na tela. Foi o retorno do ator para um trabalho na TV, depois de ser consagrado em comédias como Débi & Lóide e As Loucuras de Dick e Jane.

Richard Madden em Bodyguard

Muita gente acredita que as premiações levam em consideração as outras como termômetro na hora de compor suas listas. Não é o caso do Emmy. Richard Madden, conhecido por sua atuação em Game of Thrones, também foi destaque em Bodyguard, o que lhe garantiu o prêmio de Melhor Ator em Série Dramática no Globo de Ouro, em fevereiro deste ano. O Emmy nem ao menos indicou Madden. 

Rita Moreno e One Day at a Time

Depois de uma revoada de pedidos para a Netflix retomar One Day at a Time, os fãs do seriado agora devem voltar seus esforços contra o Emmy. Mais uma vez, a premiação ignorou a série sobre a família cubana que vive em território norte-americano. E mais: Rita Moreno, a matriarca dos Alvarez, é conhecida por seus prêmios. Ela é a única artista porto-riquenha a vencer um Grammy, um Oscar e um Tony. Ela até já venceu o Emmy na década de 1970, mas a Academia moderna - pelo visto - está a ignorando.

George Clooney em Catch 22

Ele dirigiu dois episódios, fez um papel de coadjuvante e, mesmo assim, foi esnobado pela Academia. George Clooney ficou de fora das indicações por Catch 22, apesar de seu currículo já renomado em Hollywood. A minissérie não teve tanta repercussão quanto Chernobyl, produção da HBO lembrada em 19 categorias.

Grace and Frankie

Não tem como falar de comédia na TV norte-americana sem pensar em Grace and Frankie nos últimos anos. Lily Tomlin e Jane Fonda já eram consideradas figurinhas carimbadas do Emmy, sendo indicadas nos últimos anos na festa considerada o Oscar da TV. Em 2019, nada de boas risadas: o seriado exibido pela Netflix apenas foi lembrado na categoria de Melhor Design. 

A Maldição da Residencia Hill

Fantasmas, planos-sequência e alguns bons sustos foram algumas das qualidades enaltecidas pelos fãs do seriado da Netflix. Não é costume o Emmy indicar produções do gênero terror, mas a parte técnica de A Maldição Hill merecia reconhecimento. Ficou para uma segunda temporada.

As atrizes trans de Pose

 Um seriado que explora a cena LGBTQ+ na década de 1980, em Nova York com um detalhe importante: MJ Rodriguez (Blanca), Dominique Jackson (Elektra), Indya Moore (Angel), Angelica Ross (Candy) e Hailee Sahar (Lulu) são trans e estão sendo enaltecidas pelos espectadores, com símbolo de representatividade. Elas fariam história se ao menos tivessem sido indicadas. Apesar disso, Pose disputa outras seis categorias.