Gravação de show de Zeca Baleiro e Fagner chega às plataformas digitais

20.04.2020 | 14h39 - Atualizada em: 20.04.2020 | 14h56
Por Marina Martini Lopes
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Apesar de não terem lançado outros álbuns neste período, Fagner e Baleiro continuaram a se encontrar pelos palcos do Brasil, seja em participações em shows de parceiros e amigos ou em ocasiões especiais, e a compor juntos

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O clipe colaborativo da inédita "Quando o Sol" divulga o novo álbum, e já estreou no YouTube

Antes de lançar o disco Raimundo Fagner e Zeca Baleiro (2003), que se tornaria um clássico fonográfico do início da década, os dois artistas fizeram apresentações de caráter intimista por oito cidades brasileiras, acompanhados apenas por Adelson Viana (piano e acordeon) e Tuco Marcondes (violão e guitarra). O registro de um desses shows, gravado em Brasília em 2002, compõe o novo álbum digital de Fagner e Baleiro, lançado nas plataformas digitais na última sexta-feira (17).

Com músicas dos repertórios dos dois artistas (Banguela, Cebola Cortada, Cavalo Ferro, Flor da Pele) e releituras de outros compositores (como Orgulho, de Paulinho da Viola e Capinan; e De Teresina a São Luís, de João do Vale e Luiz Gonzaga), o registro traz algumas das primeiras composições em parceria entre Fagner e Baleiro; entre elas A Tua Boca (com o poeta Capinan) e Dezembros (com o poeta Fausto Nilo; com letra ainda em construção, que viria a ser alterada depois, durante a gravação do trabalho). Outra curiosidade do registro ao vivo é a faceta instrumentista que ambos os músicos revelam: Fagner se reveza entre o piano e o violão, e Zeca Baleiro toca violão e baixo.

Foto: Divulgação

A gravação foi descoberta por acaso, no fim do ano passado. "A qualidade de áudio e o frescor de um de nossos primeiros shows nos animou a compartilhar a gravação com o público", conta Zeca Baleiro. "Nesse dia, nossa performance foi muito feliz." Raimundo Fagner e Zeca Baleiro_Ao Vivo em Brasília, 2002 é ao vivo mesmo, sem regravações ou correções digitais, assumindo os pequenos erros e imperfeições típicos das gravações ao vivo; e contou com o trabalho do engenheiro de som Leonardo Nakabayashi na masterização do áudio. Vale lembrar que em 2005 a dupla lançou também um DVD registrado ao vivo do show que encerrou a turnê Raimundo Fagner e Zeca Baleiro no Canecão, no Rio de Janeiro.

Apesar de não terem lançado outros álbuns neste período, Fagner e Baleiro continuaram a se encontrar pelos palcos do Brasil, seja em participações em shows de parceiros e amigos ou em ocasiões especiais, e a compor juntos. O disco ao vivo inclui duas faixas bônus registradas em estúdio: uma canção do repertório afetivo de ambos, O Meu Amor Chorou, de Luiz Marçal Neto, eternizada por Paulo Diniz; e Quando o Sol, parceria recente da dupla, que ganhou um clipe colaborativo com edição de Fred Siewerdt, que já está no YouTube.

O lançamento de Raimundo Fagner e Zeca Baleiro_Ao Vivo em Brasília, 2002 já estava previsto para o primeiro semestre deste ano, quando seriam registrados encontros entre os artistas, para divulgação. Com a quarentena imposta pela pandemia de coronavírus, os dois tiveram a ideia de fazer um clipe colaborativo para Quando o Sol, com imagens enviadas pelos fãs. Pelas redes sociais, Fagner e Zeca pediram aos fãs que enviassem vídeos gravados por celular, mostrando alguma das atividades de seus dias de quarentena. "É uma maneira de interagir com o público e também de nos mantermos ativos nestes dias difíceis, além de colaborar com o mantra 'fique em casa' e enfrentar essa crise juntos", comenta Fagner. 

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