"As Telefonistas": quatro motivos para assistir à série espanhola da Netflix

13.08.2019 | 11h15
Anna Rios
Por Anna Rios
Marga (Nadia de Santiago), Carlota (Ana Fernández), Ángeles (Maggie Civantos) e Lidia (Blanca Suárez)

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produção estreou sua quarta temporada na última quarta-feira (9)

Por GaúchaZH

Feminismo é um assunto que está em pauta em diferentes séries da Netflix, mas poucas delas conseguem falar sobre esta causa de uma forma satisfatória. Um dos acertos da plataforma de streaming é continuar investindo em novas fases de As Telefonistas, produção que chegou à sua quarta temporada na última sexta-feira (9)

Ambientada nas décadas de 1920 e 1930, em Madri, na Espanha, a série retrata a vida de quatro mulheres de personalidades bem diferentes e que trabalham na central de uma grande companhia telefônica. 

Com uma narrativa ágil, As Telefonistas é mais uma das apostas da Netflix em produções de língua não inglesa, a exemplo de La Casa de Papel e Vis a Vis. Abaixo, apresentamos quatro motivos para você assistir à serie:

Mulheres no comando

Os primeiros anos do século 20 foram marcados pela submissão da mulher e pela busca delas por espaço e liberdade. Por isso, As Telefonistas traz isso à tona centralizando sua trama em quatro mulheres: Alba (Blanca Suárez), que troca de nome para Libia, a fim de esquecer seu passado conturbado; Ángeles (Maggie Civantos), uma mulher atrapalhada que tem uma filha e vive um relacionamento abusivo; Carlota (Ana Fernández), que se impõe contra o pai, que é militar; e Marga (Nadia de Santiago), uma jovem do interior que chega à capital cheia de sonhos.

Ao longo das temporadas, o quarteto se vê diante de diferentes situações. No segundo ano, elas precisam se livrar de um corpo e garantir que não têm nada a ver com o crime. Na terceira, há o casamento de Alba e Carlos - um dos romances norteadores da série -, que acaba em tragédia. 

Elenco bem alinhado

Por serem quatro mulheres de muita personalidade, as quatro atrizes apresentam um bom entrosamento em cena. A protagonista Alba é vivida por Bianca Suárez e pode ser considerada a mais experiente do grupo, por ter vivido Norma Ledgard em A Pele que Habito, filme de Pedro Almodóvar

Uma das queridinhas do elenco é Maggie Civantos, que vive Ángeles, também se popularizou graças ao papel de Macarena Ferreiro no seriado espanhol Vis a Vis, aposta recente da Netflix que se assemelha muito a Orange Is The New BlackJá a intérprete de Marga, Nadia De Santiago, garantiu notoriedade pela série local Las 13 Rosas, e Ana Fernández (Carlota em As Telefonistas) estrelou a comédia Sólo Química, de 2015. 

O ator Itzan Escamilla, que faz Samuel no seriado teen Elite, vive Francisco. 

Diversidade

Óscar Ruiz, em "As Telefonistas"Foto: Divulgação

Já pensou em um trans vivendo na Espanha conservadora da década de 1920? As Telefonistasimagina isso com o personagem Óscar Ruiz, que nasceu no corpo de uma mulher, mas faz a transição para homem. No começo, ele se apresenta como Sara e vai ganhando seu espaço na trama, principalmente por falar sobre a luta que é garantir seu lugar em uma sociedade preconceituosa. 

Na série, o personagem é vivido por uma mulher cisgênero, a atriz Ana María Polvorosa. 

Tensão e história ágil

O mais interessante de As Telefonistas é seu ar de suspense. Ao contrário do que se imagina, o seriado chama atenção pela tensão. No início da primeira temporada, Alba precisa realizar um roubo no novo emprego para quitar uma dívida. Na segunda, o quarteto precisa se livrar de um corpo. Na terceira, um casamento acaba virando um cenário de guerra. Ou seja, apenas com esses pequenos spoilers, é visível a criatividade dos roteiristas.

Para resolver (ou deixar mais expectativa por novas temporadas) estes dilemas, são apenas quatro temporadas de oito episódios cada. Por isso, a narrativa é bem ágil, ideal para uma maratona. A Netflix ainda não confirmou se haverá o desenvolvimento de novas fases.

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