Sega: a querida empresa japonesa faz 60 anos em 2020

22.10.2020 | 10h00
 Joana Caldas
Por Joana Caldas
Repórter do G1/SC e editora do blog Pensando Sobre Games
Bayonetta

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Quais os seus jogos favoritos?

Se você vê a vinheta da Sega o tanto quanto eu, já imaginou um fundo branco, o Sonic correndo e um monte de gente gritando “Sega!” ao ler o título deste texto. Ou pode ser que tenha vindo à mente um fundo preto, a logo e uma voz masculina que calmamente diz o nome da empresa. De qualquer forma, dá uma felicidade no meu coração quando vejo as comemorações do aniversário da Sega, que completa 60 anos em 2020.

Creio que ela é minha empresa de videogames favorita. Acho ela e a Nintendo muito semelhantes em termos de filosofia para os jogos: a jogabilidade vem primeiro. E a Sega é de uma criatividade incrível. Quando você tem um game da Sega, pode esperar que vai ter alguma bizarrice.

Pode ser o jogo de dois alienígenas, um parecendo um pão, o outro, uma salsicha. Pode ser um golfinho realista no meio de um videogame cheio de games de fantasia. Ou corridas de táxi malucas em que o cliente dá mais gorjetas se você faz mais manobras perigosas. E ainda dá tempo de fazer um jogo sério e tão detalhado, em que você chega a poder interir com máquinas de venda automáticas e fliperamas. Só que este game foi tão caro que se juntou à bola de neve para o console ser descontinuado.

Quando a Sega anunciou o fim do Dreamcast, confesso que não dei muita bola. A gente é muito bobão nesta idade, 17, 18 anos. O legal nessa idade é ser fanboy bobalhão, é rir da Sega, que não conseguiu manter o Dreamcast. Já tive a oportunidade de jogar este videogame, uma amiga minha tem, e ele é sensacional. E hoje me deixa triste pensar que a Sega não está mais fazendo consoles, apesar de ficar muito feliz que ela ainda exista e faça jogos.

Jogos Sega.Arquivo pessoal

Este ano, meu carinho pela empresa teve um renascimento com Bayonetta. Apesar de ser desenvolvido pela Platinum Games, ele é publicado pela Sega e tem muitas homenagens a jogos antigos da empresa que está de aniversário este ano. Bayonetta 1 e 2 possuem referências a Super Hang-On, Space Harrier, Outrun e After Burner, só para citar alguns.

Depois de pesquisar tudo isso, senti muita saudade do período em que a Sega fazia consoles. Eu só tive um, o poderoso Mega Drive, mas adoraria que ela ainda estivesse neste mercado. Imagine um videogame no nível do Xbox Série X, só que da Sega? Acho que a Sony e a Microsoft não veriam mais o meu dinheiro, e ficaria feliz da vida só com Sega e Nintendo.

Não dá para esperar que isso aconteça quando a Sega ainda toma decisões tão questionáveis, como o micro Game Gear. Aliás, tantas escolhas malfeitas foram talvez a principal razão de a empresa ter perdido muita grana e parado de fazer consoles. Mas eu sinceramente espero que as comemorações de aniversário tenham só coisas boas daqui pra frente! As promoções e games grátis que a empresa promoveu na Steam são um bom começo. Um brinde à Sega, que a criatividade e as bizarrices nunca terminem!

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