Pensando Sobre Games - O diferencial do Xbox: performance e controle

19.11.2020 | 11h36
Por Joana Caldas
Repórter do G1/SC e editora do blog Pensando Sobre Games
Eu tenho um Xbox One X e posso dizer que é meu console favorito que não tem Sega ou Nintendo escrito na caixa

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Com a chegada do Series X e S, vamos relembrar o que a Microsoft trouxe de legal para o mundo dos videogames

A geração do Xbox One não foi a melhor para Microsoft. Quase sem exclusivos e com um lançamento bem esquisito, o console ficou um pouco esquecido. A massa foi para o PS4 e não é tão fácil encontrar amigos que tenham o One. Eu tenho um Xbox One X e posso dizer que é meu console favorito que não tem Sega ou Nintendo escrito na caixa. Mas nem sempre fui admiradora dos esforços da Microsoft.

Joana Caldas

Aqui em Floripa foi fácil ignorar o primeiro Xbox. Não conhecia ninguém que tinha e nem lembro se havia jogos dele para alugar na locadora. O PS2 dominou totalmente a geração. Eu, com meu Gamecube, não dava a menor bola pra Microsoft.

Mas estava errada. Anos depois, fui ler o quanto o Xbox é mais poderoso que o Dreamcast, o PS2 e o próprio Gamecube. E trazia muitos exclusivos, como Project Gotham Racing, Dead or Alive 3 e Jade Empire. E três das mais famosas franquias do console nasceram com o videogame original: Halo, Forza e Fable. Aliás, esta última se tornou uma das minhas favoritas. Além disso, se você é fã da Sega, pôde acompanhar alguns jogos da empresa no Xbox depois do fim do Dreamcast, como Panzer Dragoon Orta, Jet Set Radio Future e Sega GT 2002.

Não foram só os games da Sega que se tornaram legado da relação da empresa com a Microsoft. Se você não entende por que os botões do controle do Xbox são o contrário dos da Nintendo, é só olhar para o Dreamcast e ver o posicionamento do X, Y, B e A. E é só ver o primeiro controle do Xbox para saber de onde veio a inspiração.

Aliás, um dos grandes destaques da Microsoft é justamente este. O controle do Xbox mais parece uma extensão da nossa mente de tão intuitivo que é o posicionamento de tudo, desde os analógicos assimétricos aos botões de face e gatilhos. E se encaixa tão bem na mão do jogador!

Joana Caldas

O controle do Xbox 360 foi melhorado, assim como o desempenho da Microsoft. Nasceu mais uma franquia clássica: Gears of War. O Xbox 360 conseguiu vender mais do que o PS3 por muito tempo e a maioria dos jogos multiplataforma performava melhor nele. A combinação controle + performance é, para mim, a razão pela qual a família Xbox é imperdível.

Com o Xbox One, a Microsoft começou mal, confundindo o jogador. Era um tal de o console precisar estar sempre ligado na internet, Kinect obrigatório te espionando o tempo todo e dificuldade para emprestar um jogo para o amigo. Essa apresentação na E3 2013 foi um anúncio do que estava por vir: PS4 dominou novamente o mercado, principalmente antes da chegada do Switch.

Apesar de todo esse sucesso da Sony, ainda me fascina demais a performance incrível do Xbox One X e do controle. O Series X me interessa muito, com sua melhora gráfica e de carregamento para os jogos antigos, desde o Xbox original. Retrocompatibilidade para mim traz muitos pontos positivos e ainda quero que a Sony mude de ideia e traga formas de a gente jogar PS1 e PS2 no PS5.

Mesmo que o Series X e S tenham sido lançados sem nenhum exclusivo de peso, o controle e a performance, juntamente com a retrocompatibilidade e a promessa de games incríveis para o futuro, tornam esta nova geração da família Xbox imperdível aos meus olhos.

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