Vendas de livros sobem 31% e apontam para recuperação após pandemia

01.07.2020 | 16h54 - Atualizada em: 02.07.2020 | 13h18
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Em abril, o primeiro momento de auge da quarentena fez com que o faturamento com livros caísse quase pela metade; mas o valor vem se reerguendo desde então

As vendas de livros aumentaram no Brasil, segundo mostra a última pesquisa da Nielsen em parceria com o Sindicato Nacional dos Editores de Livros, o que pode apontar para um movimento de recuperação do mercado editorial após o vale da pandemia. O valor acumulado das vendas, porém, ainda é menor que o registrado no período correspondente de 2019.

A pesquisa mostra que, no período de 18 de maio a 14 de junho, o setor livreiro teve faturamento de R$ 109 milhões, um crescimento de 31% em relação ao mês anterior. Comparado com o mesmo mês do ano passado, houve uma queda de 3,16% no valor total das vendas. Quando se observa o número de títulos vendidos, o movimento foi parecido, aumentando 32% em relação ao mês anterior, mas ainda representando uma queda de 5% comparado com o ano passado. Foram vendidos 2,7 milhões de livros no período da pesquisa.

Segundo o estudo, a evolução do setor é visível e representa uma potencial reversão na curva de queda por causa do coronavírus. O presidente do SNEL, Marcos da Veiga Pereira, nota entretanto que será importante observar a reabertura das lojas físicas e a volta dos novos lançamentos, que são fundamentais para a saúde do setor como um todo. Em abril, o primeiro momento de auge da quarentena fez com que o faturamento com livros caísse quase pela metade. Mas o valor vem se reerguendo mensalmente desde então.

A pesquisa Produção e Vendas do Setor Livreiro, divulgada neste mês pela Câmara Brasileira do Livro e o Sindicato Nacional dos Editores, mostra que o fechamento das livrarias físicas, desde março, interrompeu uma trajetória ascendente do setor. Em 2019, o faturamento total subiu 6% em relação ao ano anterior, somando vendas para o governo e para o mercado -o que mostra que os livros conseguiram dar um jeito de driblar a crise que levou as grandes redes Saraiva e Cultura a entrar em recuperação judicial.

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