A década em que o streaming chegou e se consolidou

30.12.2019 | 19h30 - Atualizada em: 31.12.2019 | 11h59
Por Anna Rios
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De 2010 a 2019, espectadores brasileiros ganharam a oferta de quatro plataformas

Os últimos 10 anos foram marcados pela ascensão do streaming, que dominou as principais produções de séries no período. De 2010 a 2019, os espectadores brasileiros ganharam a oferta de quatro plataformas diferentes, que competem entre si não só em busca de assinantes, mas também em qualidade e diversidade de seus seriados. Ao mesmo tempo, canais pagos tiveram que se reinventar para acompanhar a consolidação do novo formato.

Fizemos uma seleção de momentos marcantes desses últimos 10 anos que transformaram o streaming em referência para exibição de séries no Brasil. Confira:

Netflix chega ao Brasil 

Foto: Divulgação

A Netflix começou a operar timidamente no Brasil em 5 de setembro de 2011, a um custo de R$ 15 reais por mês. Na época, o serviço foi apresentado como uma "locadora virtual", na qual filmes e séries poderiam ser escolhidos e assistidos a qualquer momento. 

Na estreia, a plataforma ainda não oferecia produções originais, que acabaram ganhando força ao longo da década. As primeiras séries exclusivas - House of Cards e Orange Is The New Black - estrearam em 2013 com recordes de audiência, atraindo mais assinantes ao serviço de streaming. 

Ao longo dos anos, a Netflix foi ampliando seu catálogo, passando por produções em parceria com a Marvel, investindo em séries brasileiras, como 3% e Samantha!, até chegar ao seriado de fantasia The Witcher, a grande estreia de 2019 na plataforma.

Amazon entra no jogo 

Foto: Divulgação

Vendo que sua principal concorrente, a Netflix, estava investindo em produções próprias, a Amazon Prime Video resolveu entrar na disputa com Transparent, série de 2014 que inovou ao trazer para o papel principal uma personagem trans e conquistou diversos prêmios. 

No Brasil, o Prime Video começou a ser disponibilizado em 2016. Para atrair mais seguidores, a Amazon apostou em um elenco hollywoodiano para suas produções: Julia Roberts, Anne Hathaway e Andy García são alguns dos nomes que já apareceram em séries originais do serviço. 

Em 2019, o seriado Fleabag e Phoebe Waller-Bridge, sua criadora, levaram o nome da Amazon para as premiações, como o Emmy e o Globo de Ouro. Ao mesmo tempo, o serviço começou a investir em séries baseadas em histórias em quadrinhos com a estreia de The Boys.

 A chegada do Globoplay 

Foto: Divulgação

A ascensão do streaming no Brasil fez com que a TV Globo também apostasse no formato. Em 2015, foi lançado o Globoplay, permitindo que seus assinantes assistam a novelas e programas da emissora sem estar, necessariamente, na frente da televisão durante a exibição das atrações. 

A plataforma ficou mais popular entre 2018 e 2019, com a chegada em seu catálogo da série norte-americana The Good Doctor, de forma exclusiva, e também com diversas produções originais e brasileiras, que levaram para o streaming atores já conhecidos do público por conta das novelas. Entre as séries que fizeram sucesso no Globoplay neste ano estão a quarta temporada de Sessão de Terapia, um dos seriados mais vistos no serviço, e Aruanas, que chamou a atenção ao focar na proteção da Amazônia. 

Canais de TV fechada investem

Foto: Divulgação

Para não ficar atrás da concorrência, canais de TV fechada também decidiram investir no serviço, desafiando o modelo de TV por assinatura. Com o HBO Go, os fãs de Game of Thrones assistiam aos episódios da série ao mesmo tempo em que eles eram exibidos no canal, mas com facilidades que o streaming proporciona, como a pausa dos episódios e a facilidade de vê-los em qualquer momento e lugar.

Entre os mais badalados está o Fox Play, plataforma sob demanda inaugurada pela Fox. Assim como o HBO Go, o serviço pode ser contratado diretamente pelo site ou aplicativo - não há obrigação de ser assinante do canal de TV por assinatura para ter acesso aos conteúdos.

Streaming da Apple chega ao Brasil 

Foto: Divulgação

Em 1º de novembro de 2019, os serviços de streaming ganharam mais um concorrente: a Apple TV+. A plataforma de séries e filmes da empresa chegou ao Brasil a um custo de R$ 9,90 e permitindo o compartilhamento com até seis pessoas. 

A estreia também veio recheada de produções originais em seu catálogo, como The Morning Show, série com Jennifer Aniston. Apesar de ainda não ter emplacado no país, lá fora o serviço é bem avaliado pelo público e pela crítica.

A Disney vem aí

Foto: Divulgação

O Disney+, streaming da Disney, deve estrear em novembro de 2020 no Brasil e promete agitar o mercado. Por enquanto, o serviço é limitado aos Estados Unidos, Holanda e Canadá. 

A nova plataforma chega com força por conta de seu catálogo de peso: o Disney+ passará a ser a casa de produções das marcas da Disney, como Marvel Studios e Pixar. O serviço também planeja conteúdos originais, como séries do Universo Cinematográfico da Marvel e do universo de Star Wars, a produção High School Musical: a Série, o seriado Encore!, protagonizado por Kristen Bell, e o live-action de A Dama e o Vagabundo.

Quando chegar ao Brasil, a plataforma disponibilizará mais de 600 produções, com materiais desde a década de 1930 até lançamentos recentes do cinema. Agora é só esperar 2020 e o início da nova década para ver.

Leia também: Retrospectiva da década - entre o fim de Lost e o de Game of Thrones, o que marcou o universo dos seriados

*por GaúchaZH

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