Kiss quer apresentar o maior show de fogos do planeta na virada do ano

03.12.2020 | 17h17
Por Marina Martini Lopes
Editora
Esta será a primeira apresentação da turnê de despedida do Kiss, que precisou ser adiada várias vezes em função da pandemia de coronavírus

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Let It Rock

Para a noite de ano-novo, a banda planeja uma live de proporções gigantescas, transmitida direto de Dubai

Para muita gente, a virada do ano não vai ser muito diferente de como foram os últimos meses: em casa, em quarentena, ou no máximo em comemorações modestas, com pouca gente, para evitar aglomeração e deslocamentos. Não é o caso do Kiss: a banda, conhecida como uma das mais extravagantes do universo do rock, vai celebrar o fim de 2020 com uma caríssima - e tecnicamente segura - em Dubai.

Esta será a primeira apresentação da turnê de despedida do Kiss, que precisou ser adiada várias vezes em função da pandemia de coronavírus: a passagem da tour pelo Brasil, aliás, foi remarcada para o ano que vem. Para marcar o acontecimento em grande estilo, o grupo planeja transmitir uma live direto de um palco de 70 metros de largura, cercado por 50 câmeras registrando tudo em qualidade 4k - e entrar para o Guinness com o maior show pirotécnico da história.

A brincadeira não vai sair barato: segundo Dan Catullo, diretor do evento por meio da companhia Landmarks Live, apenas os fogos de artfício vão custar mais de US$ 1 milhão - e as medidas para cumprir os protocolos de segurança em relação ao coronavírus vão adicionar mais US$ 750 mil ao total (mais de seis mil kits de teste de covid, por exemplo, foram comprados para testar regularmente todos os membros da equipe envolvida na montagem do palco e organização do espetáculo). A empresa enviou nada menos que 37 containers lotados de equipamentos para Dubai, transportados por navio. O evento terá patrocinadores, é claro - e quem quiser assistir pela internet vai ter que pagar US$ 39 no ingresso; o que é o dobro da média da maioria das lives que estão sendo realizadas nos Estados Unidos ou por artistas norte-americanos.

A performance vai acontecer no lado de fora do Atlantis Hotel, em Dubai, e os hóspedes poderão assistir de suas sacadas. "Francamente, não estávamos interessados em fazer uma live intimista", declarou o frontman Paul Stanley, em entrevista à revista Rolling Stone norte-americana. "Não que elas não sejam boas; elas simplesmente não combinam com o Kiss. Para nós, tamanho importa. Não vamos reinventar a roda: nós já inventamos há bastante tempo, e ela ainda funciona muito bem. Nós só queremos fazer isso em uma escala que faça justiça à situação em que nos encontramos, e também que faça as pessoas que vão assistir de casa se sentirem parte do que está acontecendo."

"Esse show é sobre elevar os espíritos das pessoas", prosseguiu Stanley. "Caramba, é sobre isso que a noite de ano-novo deveria ser! Essa normalmente é a noite em que desconhecidos beijam desconhecidos, em que você está feliz por estar vivo, por ter conseguido chegar a outro ano. Não há melhor momento para apresentar o maior show do planeta - de forma segura, é claro."

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