"La Casa de Papel": seriado mantém genialidade e melhora produção na terceira parte

23.07.2019 | 12h00 - Atualizada em: 23.07.2019 | 13h46
Anna Rios
Por Anna Rios
Professor (Álvaro Morte) lidera trupe em novo assalto

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Sequência estreou no catálogo da Netflix nesta sexta-feira (19)

Por GaúchaZH

A conclusão da segunda parte de La Casa de Papel, com o sucesso do roubo à Casa da Moeda da Espanha, não foi suficiente para a Netflix. Nesta sexta-feira (19), a plataforma de streaming mostra que o seriado espanhol – que havia adquirido como uma aposta discreta para seu catálogo – tornou-se um dos carros-chefe de sua operação mundial. Com um enredo à altura de suas primeiras partes, a nova leva de episódios deve cativar novamente os fãs da genialidade dos planos orquestrados pelo Professor (Álvaro Morte).

Conforme antecipado pelos teasers, o grupo de assaltantes irá se reunir novamente. Nairóbi (Alba Flores), Tóquio (Úrsula Corberó), Denver (Jaime Lorente) e os outros ladrões aparecem curtindo a fortuna faturada com o grande assalto. Porém, nem tudo será tão simples. Tóquio, a fim de aproveitar mais o momento de fartura, decide pedir um tempo para o namorado, Rio (Miguel Herrán). Por isso, abandona o amado na ilha em que viviam no Caribe. 

Alerta: a partir daqui o texto contém spoilers.

O grupo é rastreado e será capturado pela polícia panamenha. Sem saída, Tóquio recorre ao Professor para reunir os assaltantes. Por serem extremamente poderosos – o roubo chamou a atenção de autoridades internacionais –, os criminosos terão de jogar politicamente. Para isso, planejam um novo assalto: o alvo é o Banco da Espanha, que possui centenas de barras de ouro. Tudo isso para restabelecer contato com a polícia e negociar o resgate de Rio.

A trupe começa o plano de forma ousada. Com o auxílio de dirigíveis, joga 140 milhões de euros sobre Madri, deixando toda a população enlouquecida nas ruas. Esta cena mostra o quanto La Casa de Papel ousa em sua nova leva de oito episódios. Em relação à narrativa, o seriado segue a mesma fórmula que fez sucesso em todo o mundo. Tudo será contado a partir da visão de Tóquio, com vários flashbacks  que antecedem o novo assalto.

Mónica é uma das novidades na trupeFoto: Divulgação

Durante um evento para promover a série, realizado na Bolívia, o ator Álvaro Morte falou à agência Folhapress sobre o fascínio despertado por bandidos inteligentes que se voltam contra pessoas que acreditam ser mais poderosas do que eles. A intenção é rever “onde está essa linha que determina quem são os bons e quem são os maus”: 

— Aqueles personagens não estão apenas roubando, estão tentando demonstrar algo, investindo contra um sistema que é abusivo, que é opressor, que é injusto. Dessa perspectiva, o público pode sentir-se identificado com eles.

Um exemplo da proximidade com o espectador é a menção que a série faz a manifestações populares em diferentes países, entre eles o Brasil.

— Se esta é uma série que, de alguma maneira, traz algo subversivo, se isso inspira as pessoas a colocarem em questão quem está no poder, convidar as pessoas a pensar é sempre bom — disse Alba Flores (que interpreta Nairóbi na série), em entrevista à Folhapress.

Além dos questionamentos, outro salto da série se refere ao orçamento. Para filmar a nova temporada, a Netflix  inaugurou um estúdio de 1,2 mil metros quadrados no subúrbio de Madri, que também será utilizado para outras de suas produções (filmes e séries) na Europa.

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